Ana Laura Corrêa
Foi divulgada, em 10 de dezembro, a demissão do então ministro do Turismo
do governo de Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio. O texto da Empresa Brasil de
Comunicação (EBC), empresa pública federal de comunicação, trouxe uma notícia de
apenas três parágrafos (veja aqui).
A empresa, uma emissora pública (portanto, do povo), deixou de trazer importantes
pontos sobre a demissão de Marcelo Álvaro Antônio, que foram abordados por outros
veículos de comunicação.
(Foto: Divulgação/Agência Brasil) |
A BBC Brasil, também empresa pública, mas britânica e levada a sério pelos governos
a ponto de se tornar global, por exemplo, lembrou que “o ministro foi apontado como
patrocinador de um esquema de candidaturas de laranjas dentro do PSL, então
partido do presidente”.
O UOL, por sua vez, trouxe também a briga entre Marcelo Álvaro Antônio e o chefe
da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que teria sido o estopim para a demissão.
Desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência do país, denúncias de funcionários da
EBC dão conta de que o presidente está interferindo nas matérias divulgadas pela
empresa, promovendo censura e o uso da mídia para promover o governo.
A matéria sobre a saída de Marcelo Álvaro Antônio parece ser mais uma tentativa do
governo de silenciar temas “incômodos” ao presidente. Em um país como o Brasil,
marcado pela concentração de mídia nas mãos de poucas famílias, é de se lamentar que
uma empresa que deveria servir ao público esteja submetida aos interesses escusos do
“presidente” do país.
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